Antonio Fuoco, Nicklas Nielsen e Miguel Molina venceram os 1.812 km do Catar, a corrida de abertura da temporada 2025 do Campeonato Mundial de Endurance da FIA, completando uma dobradinha da Ferrari pela primeira vez na história moderna do WEC.
A última vez que a Ferrari havia obtido este resultado fora a 25 anos atrás, com a vitória do belga Jacky Ickx nos 1000 Km de Ostereichering (Áustria), a bordo do mítico Ferrari 312 PB. Ickx correu em parceria com Brian Redman. Na segunda posição terminou o brasileiro José Carlos Pace (Moco) em dupla com Helmut Marko, e em terceiro ficou a dupla Ronnie Peterson, Tim Scheken. Fora do pódio terminou outra Ferrari, do italiano Arturo Mezario e do compatriota Sando Munari.
Nesta sexta-feira na abertura da temporada 2025 do WEC, o domínio foi inteiramente dos carros italianos dominaram a corrida. O italiano Antonio Fuoco cruzou a linha de chegada em primeiro com seu Ferrari 499P, seguido pelo polonês Robert Kubica, com seu Ferrari amarelo da equipe sátelite a apens 2s348. O pódio foi completado pelo Ferrari de Alessandro Pier Guide, que perseguia Kubica e tentava superá-lo de qualquer modo, uma vez que o polaco tinhas os pneus bastante desgastados.
No começo da prova, James Calado que partiu da pole com o Ferrari nº 51 liderou, depois de resistir ao ataque de Nicklas Nielsen na curva 1, após este ultrapassar Kevin Magnussen com seu BMW. Calado liderou a corrida durante as duas primeiras horas e meia de prova. A primeira bandeira amarela foi acionada para remover detritos da pista, e na relargada Kevin Magnussen com problemas no limitador de velocidade do BMW, caia da terceira para a nona posição.
Neste primeiro momento da prova o destaque era o rendimento do Alpine A424 conduzido por Ferdinand Habsburg, que havia partido da nona colocação e andava em quarto. Com o problema de Magnussen o austríaco subia para terceiro. Para tristeza da equipe francesa, Habsburg acabou colidindo com o Cadillac de Will Stevens na curva 1, e caiu para o 12º lugar.
Na tterceira hora de prova a direção de prova acionou o safety car virtual para retirada do Mercedes AMG Gt da Iron Lynx, que havia ficado preso na brita. Isso acabou farecendos os dois Cadillacs de fábrica da JOTA. Stevens e Bamber que pararam durante o VSC e voltaram na liderança, com Lynn substituindo Stevens e Jenson Button, substituindo Bamberr.
James Calado havia parado pouco antes do VSC, e Antonio Giovinazzi o substituiu, caindo para o terceiro lugar, com a outra Ferrari com
Antonio Fuoco em quarto. O chinês Yifei Ye com o amarelo Ferrari da AF Corse era o quinto, seguido por Robin Frijns com a BMW, e Charles Milesi, no lugar de Habsburg, em sétimo.
A Toyota GR010 Hybrid com Brendon Hartley, ocupava a oitava colocação. Assim que a corrida recomeçou a Cadillac viu um desastre se abater sobre seu carros. Lynn estava colado na traseira de Button, que acelerou e depois freou para aquecer os pneus antes da reinicialização. Lynn interpretou isso como um sinal para reiniciar e, quando Button freou, Lynn colidiu com o carro de seu companheiro de equipe.
Com isso os Cadillacs deram de bandeja a liderança para Ferrari. Lynn conseguiu retornar à pista, mas fora longe dos dez primeiros, e ainda recebeu uma penalidade de drive-through. Button perdeu uma volta e, em seguida, teve mais problemas devido ao incidente.
A luta era entre os Ferrari, e Molina perseguia o carro de Ye, reduzindo sensivelmente a desvantagem quando um novo safety car foi acionado devido a detritos na pista. Isso deixou Molina a poucos décimos atrás de Hanson, que havia substituido Ye.
Um princípio de incêndi no Mustang nº 77 na reta dos boxes, trouxe novamente o safety car para pista. Atrás das Ferraris, vinham os dois Toyotas que disputavam com os BMWs, mas sem condições de discutirem com as Ferraris a liderança.
Após nova rodada de reabastecimento Robert Kubica muito irritado com a estratégia passou a virar voltas de classificação, e superou Antonio Fuoco, quando este parou para calçar pneus novos. O italiano logo reduziu essa diferença para menos de um segundo, mas, assim como antes, não conseguiu ultrapassar Kubica, que se defendia brilhantemente.
No final vitória para Ferrari na abertura da temporada, e de quebra com uma "trifeta". Na quarta posição terminou o BMW nº15 de Dries Vanthoor, que conseguiu manter os dois Toyotas à distância. Vanthoor terminou consideravelmente à frente, com Buemi a oito segundos atrás e Kobayashi a menos de um segundo do seu companheiro de equipe.
Na classe LMGT3, a luta foi intensa durante as dez horas de corrida, com o Corvette Z06 de Daniel Juncadella, Ben Keating e Jonny Edgar conquistando a vitória, mas com o McLaren de Gregoire Saucy, James Cottingham e Sebastien Baud terminando em segundo por por apenas 493 milésimos. A batalha entre as duas equipes foi eletrizante nas horas finais, com a estratégia de ambos sendo semelhante.
Juncadella conseguiu se manter a frente de Saucy, freando sempre mais tarde, e não dando chances do francês conseguir reacelerar primeiro e usar a maior velocidade final do McLaren a seu favor.
O BMW M4 GT3 de Yasser Shahin, Timur Boguslavskiy e Augusto Farfusficou em terceiro lugar na classe LMGT3, favorecido pela punição sofrida O resultado foi incerto até o final no LMGT3. Após dez horas de corrida, o Corvette Z06 de Daniel Juncadella, Ben Keating e Jonny Edgar saiu vitorioso, superando a McLaren de Gregoire Saucy, James Cottingham e Sebastien Baud por apenas 493 milésimos. Tendo optado por uma estratégia semelhante, as duas equipes chegaram perto de competir pela vitória no final. Após assumir a liderança após o pit stop final, Juncadella mostrou toda sua frieza ao bloquear todas as tentativas de ultrapassagem de Saucy. O espanhol (foto acima) deu assim à equipe TF Sport seu primeiro sucesso de classe no WEC.
O BMW M4 GT3 de Yasser Shahin, Timur Boguslavskiy e Augusto Farfus aproveitou isso e ficou em terceiro lugar na classe LMGT3, fovorecida pela punição sofrida pelo Lexus RC F GT3 de Arnold Robin, Finn Gehristz e Ben Barnicoat, devido a uma infração técnica, na penúltima hora da corrida.
Resultado do 1812km do Qatar
1 Fuoco-Molina-Nielsen (Ferrari 499P) - Ferrari AF - 318 voltas
2 Kubica-Ye-Hanson (Ferrari 499P) - AF Corse - 2s348
3 Pier Guidi-Calado-Giovinazzi (Ferrari 499P) - Ferrari AF - 2s677
4 Marciello-Magnussen-D. Vanthoor (BMW M Hybrid V8) - WRT - 9s907
5 Buemi-Hartley-Hirakawa (Toyota GR010 Hybrid) - Toyota - 19s628
6 Conway-Kobayashi-De Vries (Toyota GR010 Hybrid) - Toyota - 23s266
7 Rast-Frijns-S. Van Der Linde (BMW M Hybrid V8) - WRT - 36s388
8 Lynn-Nato-Stevens (Cadillac V-Series.R) - Jota - 37s756
9 Di Resta-Jensen-Vergne (Peugeot 9X8) - Peugeot - 1m29s683
10 Andlauer-Christensen-Jaminet (Porsche 963) - Penske - 1 volta
11 Estre-L. Vanthoor-Campbell (Porsche 963) - Penske - 1 volta
12 Duval-Jakobsen-Vandoorne (Peugeot 9X8) - Peugeot - 1 volta
13 Gounon-Makowiecki-Schumacher (Alpine A424) - Alpine - 1 volta
14 Chatin-Habsburg-Milesi (Alpine A424) - Alpine - 1 volta
15 Jani-Pino-Varrone (Porsche 963) - Proton - 4 voltas
16 Bamber-Bourdais-Button (Cadillac V-Series.R) - Jota - 11 voltas
17 Riberas-Sorensen-De Angelis (Aston Martin Valkyrie) - Aston Martin - 23 voltas
18 Keating-Edgar-Juncadella (Corvette Z06) - TF Sport - 31 voltas
19 Cottingham-Baud-Saucy (McLaren 720S Evo) - United Autosports - 31 voltas
20 Shahin-Boguslavskiy-Farfus (BMW M4) - WRT - 32 voltas
21 Robin-Gehrsitz-Barnicoat (Lexus RC F) - Akkodis ASP - 32 voltas
22 Rovera-Heriau-Mann (Ferrari 296) - AF Corse - 32 voltas
23 Drudi-James-Robichon (Aston Martin Vantage) - HoR - 32 voltas
24 Leung-Gelael-Sato (McLaren 720S) - United Autosports - 32 voltas
25 Flohr-Castellacci-Rigon (Ferrari 296) - AF Corse - 33 voltas
26 DeBoer-Barrichello-Hasse Clot (Aston Martin Vantage) - R.S.Leman - 33 voltas
27 Gattuso-Levorato-Olsen (Ford Mustang ) - Proton - 33 voltas
28 Rossi-Al Harthy-K. Van Der Linde (BMW M4) - WRT - 34 voltas
29 Hardwick-Pera-Lietz (Porsche 911) - Manthey - 34 voltas
30 Frey-Gatting-C.Martin (Porsche 911) - Iron Dames - 36 voltas
31 Schiavoni-Cressoni-Cairoli (Mercedes AMG) - Iron Lynx - 124 voltas
