Equipe francesa pode ir parar nas mãos do russo Dmitri Mazepin
Os fantasmas não param de assombrar a Fórmula 1, e estão voltando. Estão voltando exatamente pela equipe Alpine, primeiro com o retorno do controverso Flavio Briatore, que como "conselheiro" da equipe francesa, pode estar preparando o caminho para uma venda lucrativa.
A saída de Bruno Famin da equipe, a chegada de Oliver Oakes, e a decisão da Alpine não continuar o desenvolvimento dos motores para 2026 apontam nesta direção. A fábrica de Viry-Chantillon irá dar continuidade no desenvolvimento somente nas unidades de potência utilizadas no WEC, e assim muito em breve em Enstone pode surgir um novo dono.
A equipe de propriedade da Renault já trocou de mãos por diversas vezes, já que entre 1981 a 1985 e era a Toleman, que no final de 1985 foi adquirida pela Benetton, que então construiu uma fábrica em Enstone, em substituição às modestas instalações de Witney. Flavio Briatore esteve no comando da equipe de Luciano Benetton, até essa ser adquirida pela Renault em 2002.
Nesse período a marca francesa do losango conquistou um bi-campeonato de Pilotos e Construtores (2005/ 2006), até que em 2012, a empresa estatal francesa vendeu tudo para um grupo de investidores, que trouxe de volta a categoria o nome Lotus.
Em 2016 a equipe recomprou a equipe, voltando a categoria, e em 2021 passou a utilizar o nome do seu braço esportivo, a Alpine. Essa é a trajetória da atual equipe, já que neste breve retrospecto não está contabilizada a entrada da Renault em 1977 a 1985.
No total a Renault já disputou 770 corridas, com um total de 50 vitórias. Além dos títulos de Alonso, a Renault soma mais quatro títulos de pilotos como fornecedora de motores (Nigel Mansell 1992; Alain Prost 1993; Damon Hill 1996 e Jacques Villeneuve 1997) e mais cinco títulos de construtores (1992, 1993, 1994, 1996 e 1997) com a Williams.
Segundo rumores recentes para fazer a equipe voltar a ser atraente para os investidores, Bruno Famin promoveu o retorno de Briatore, que tem total aprovação do também italiano Luca di Meo, CEO da Renault. A ordem é ou fazer a equipe voltar ao topo, ou vender com lucro; e primeira grande mudança promovida é a chegada de Oliver Oakes, dono e fundador da Hitech, que tem desejo de entrar na F1, tanto que participou do processo para a entrada de novas equipes, porém acabou sendo vencida pela Andretti.
Com Oakes à frente o caminho está aberto para a chegada de Dmitri Mazepin, pai do piloto Nikita Mazepin, que foi "expulso" da Haas, quando da invasão à Ucrânia. Mazepin é o dono da Uralkali, e foi investidor direto da equipe de Oakes.
Com a guerra e o impedimento de negociações com Mazepin, Oakes passou a ter como parceiro Vladimir Kin, que é amio pessoal de Mazepin, e por ser nativo do Cazaquistão pode negociar livremente com as equipes ligadas à FIA. Essa complicada manobra de xadrez daria totais condições de Briatore fechar negócio com Mazepin via Vladmir Kin, e deste modo Nikita Mazepin poderia voltar a F1.
Ou seja mais um "fantasma"' pode voltar a assombrar a categoria. A outra possibilidade em caso de venda da Alpine, seria a chegada da equipe Andretti, que venceu o "vestibular" prestado pela FIA para entrar na categoria, mas foi vetada pela Liberty Media.
Michael e Mario Andretti, contam com o apoio da GM, por meio da marca Cadillac, que inclusive tem intenção de fornecer motores para categoria até 2028, ou seja aporte financeiro não seria um problema. O que realmente irá acontecer é cena para os próximos capítulos.