Equipe francesa sem rumo lança mão de Flavio Briatore
Definitivamente a Alpine está completamente sem rumo, tanto que alguns rumores dão conta que a estrutura francesa irá abrir mão do uso dos motores Renault em favor dos propulsores da Mercedes. Em meio ao furação que assolou a estrutura de propriedade da Renault, o ponto culminante aconteceu neste fim de semana, com o CEO do Grupo Renault, Luca de Meo, nomeando o italiano Flavio Briatore, para o cardo de consultor executivo.
Briatore foi o mentor do malfadado Crashgate no GP de Singapura de 2008, que culminou com seu afastamente definitivo da categoria, naquela época, e também a saída de Nelsinho Piquet. Agora Luca de Meo acredita que Briatore possa recolocar a escuderia no rumo de vitórias como ocorreu no tempo de Fernando Alonso, além de servir de "olheiro" para jovens talentos.
Em tese o italiano trabalhará junta a atual estrutura, aconselhando em assuntos estratégicos, soltou a informaçãoa equipe por meio de um comunicado de imprensa.
A escolha de Briatore desagrada porfundamente a F1, e alguns membros da Alpine que na época na Renault, viram sua imagem muito manchada pela manipulação daquela corrida. A trajetória de Briatore na F1, sempre foi controversa.
Ele se juntou a Benetton por meio de Luciano Benetton, que o tinha como um gerente proeminente na sua empresa do ramo de confecção. Seus métodos pouco ortodoxos em busca de sucesso, ficaram patentes quando a Benetton foi acusada de burlar o regulamento de 1994, e usar o controle de tração em seu carro, em um software escondido na centralina do motor.
A acusação nunca foi comprovada, mas alguns engenheiros alegavam que era patente que a estrutura de Enstone só foi campeão na época por causa desta trapaça. O ponto culminante foi o GP de Cingapura de 2008, quando Briatore ordenou que Nelsinho Piquet batesse seu carro, para favorecer Fernando Alonso, com a entrada do safety car, em um momento previamente escolhido.
A Alpine realmente se encontra muito abaixo do esperado, e está lançando mão de qualquer artifício para recuperar o desempenho. Neste turbilhão já tiveram o pescoço "guilhotinado": o ex-CEO da Alpine Laurent Rossi, o chefe da equipe Otmar Szafnauer, o ex-consultor da equipe Bob Bell, o diretor de operações Rob White, o diretor técnico Matt Harman, o chefe de aerodinâmica Dirk de Beer e o diretor esportivo Alan Permane.
Pat Fry, o ex-diretor técnico, preferiu se mudar para Williams, que vem se reformando. Com Briatore no comando vamos ver se a "revolução francesa" terá novas cabeças cortadas, ou ele terá alguma carta na manga.
